Espetáculo on-line, autoral e inédito entra em cartaz em julho. Gratuito. Classificação Indicativa 14 anos.
“Vim só botar água para ferver. Nem acredito que a gente está há 231 dias conectadas…” Em cena, duas atrizes que misturam a realidade com a ficção enquanto dialogam sobre a vida na pandemia e o mundo virtual.
Daniela Diniz e Marcia Regina da cia. víÇeras, se juntaram à diretora Adriana Lodi para dar vida ao texto autoral A solidão de não estar só. Ensaiado via computador e celular nesses tempos de caos, o espetáculo on-line inédito entrará em cartaz em quatro sessões gratuitas.
Dias 29, 30 e 31 de julho e 1º de agosto, às 20h.
O link para assistir ao evento será enviado após reserva em: https://www.sympla.com.br/solidao-de-nao-estar-so__1272723.
Informações: Instagram: @ciaviceras.
Duas mulheres, Dani e Marcia, estão isoladas em suas residências fazendo companhia uma para a outra via internet. Juntas, porém distantes, elas lidam com questões humanas, situações cotidianas como uma máquina de lavar estragada e com as dores de se viver em um tempo em que tudo parece meio perdido e sem solução. Mas com essa convivência truncada da rede de wifi, elas conseguem lidar com os percalços da vida e trazer afeto e esperança no meio da solidão. Esse é o ponto central dessa obra que nasce do teatro, se mistura com as telas e vira um espetáculo “antropológico perfomático videocênico”, como a equipe gosta de brincar.
“Após a cia. víÇeras completar 10 anos em 2020, resolvemos trazer essa obra que reflete sobre a complexidade das emoções de uma pessoa confrontada com ela mesma no isolamento. Este texto lança mão de algo que todes, de alguma forma, vivemos mesmo sendo um pouco diatópico já que as personagens passam 24h conectadas. Esse excesso de conexão atua como uma lente de aumento nas condições do mundo de hoje. A narrativa aproxima o público pela empatia, ou até por uma esperança de que tudo isso um dia realmente vai passar”, pontua a atriz e escritora Dani Diniz.
A partir de um ensaio experimental feito para o SESC no ano passado, as atrizes entenderam que seria essencial um olhar externo cuidadoso e qualificado, e convidaram a premiada diretora brasiliense Adriana Lodi.
“Estar criando em/nas entretelas é um desafio, principalmente para encontrar estados
de presença já que as quedas de redes de internet, interferências domésticas e
a própria tristeza avassaladora deste momento influenciam. Foi preciso compor
essa linguagem híbrida em plataformas digitais e de teatro. Mas, encaramos as dificuldades juntas e tentamos encontrar soluções estéticas simples que garantam a empatia do público”, ressalta a diretora Adriana Lodi.
E para garantir a qualidade, o técnico Leonardo Rodrigues chega para agregar e dar luz à peça. Leonardo vale-se de recursos tecnológicos que, misturados a uma cenografia naturalista, compõem o espetáculo onde as próprias atrizes operam as luzes e câmeras.
“Quem nos assistir vai ver que este espetáculo acontece em diferentes momentos e dias, percorrendo essa trajetória de extensão da pandemia da Covid-19. É desafiador fazer teatro e artes performativas para tela, sobretudo porque hoje tudo está na tela. Confesso que me cansou muito o processo, mas também é a nossa esperança de continuar trabalhando. Se não fosse por essa plataforma, seria horrível ter que deixar de fazer o que amamos”, declara Marcia Regina.
A produção A solidão de não estar só conta com o apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal por meio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF). Para promover a acessibilidade, o grupo trará ainda tradução em libras.
FICHA TÉCNICA
cia. víÇeras apresenta
A Solidão de Não Estar Só
direção Adriana Lodi
atuação Daniela Diniz e Marcia Regina
argumento original Daniela Diniz e Marcia Regina
roteiro Adriana Lodi Daniela Diniz e Marcia Regina
Coordenação técnica e virtual: Leonardo Rodrigues
edição de video Marcia Regina
assistente de edição de video Daniela Diniz
fotografia de video Adriana Lodi e Leonardo Rodrigues
imagens adicionais Daniela Diniz e Marcia Regina
direção de arte Adriana Lodi, Daniela Diniz, Leonardo Rodrigues e Marcia Regina
fotografia de divulgação Ajaya Ribeiro
assessoria de imprensa Clara Camarano
coordenação de redes sociais Maria Luisa Dominici
design gráfica: André Gonzales
intérprete de libras: Tatiana Elizabeth
gestão administrativa: Beth Pereira
participações especiais:
dia 231 – Música
Meu Melhor de Moara
dia 325 – Vídeo Incidental
Fala de Mãe Dora de Oyá
canal Afrolatinas – vídeo Empreendedorismo decolonial: o legado da Irmandade da Boa Morte
dia 633 – Música
tempo de Tati Asu
dia 405 – Música
atmosfera de Tati Asu
dia 76 – música
Mashup: Ítalo Linhares
Este projeto conta com o apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal por meio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF)
Cia. víÇeras
Fundada em 2010 na capital federal, a cia. víÇeras ficou conhecida por desenvolver uma investigação artística autoral e colaborativa. Atualmente formada por Daniela Diniz, Marcia Regina, Ramon Lima e Roberto Dagô, a cia trabalha com diferentes linguagens cênicas e artísticas como teatro, dança e audiovisual. Em 11 anos de trabalho, o grupo realizou oito espetáculos, sete intervenções performáticas e seis videoartes. Saiba mais em: ciaviceras.com. Acompanhe o grupo no Instagram: @ciaviceras.
Serviço:
A solidão de não estar só
Datas: 29, 30 e 31 de julho e 1º de agosto
Horário: 20h
Gratuito
Ingressos retirados gratuitamente em: https://www.sympla.com.br/solidao-de-nao-estar-so__1272723.
Classificação indicativa: 14 anos
Informações: Instagram: @ciaviceras
site: ciaviceras.com
telefone: 61 98168-3872